A música apreciada na Cultura Obscura abriga desde as sonoridades mais rústicas, como a produzida entre algumas bandas góticas na década de 80, até a sofisticação do Metal que emergiu na década de 90. Pode oscilar entre sonoridades modernas, como a dos estilos eletrônicos mais pulsantes e dançantes, ou buscar referências na música medieval.
Desse modo, é possível ter uma idéia de quanto é amplo e democrático o conceito de música quando relacionado à cultura obscura, e pode-se perceber que não há padrões rígidos que determinem estilos específicos. Porém, há alguns pontos que são comuns na maioria. Podemos citar como exemplos, letras que abordam temas existenciais e que algumas vezes baseiam-se em obras da literatura romântica. Além de uma referência instrumental recorrente à música étnica, (de culturas orientais, por exemplo), e do próprio folclore europeu. A música erudita também é uma referência bastante comum, que pode estar presente tanto nos estilos mais suaves, como o Ethereal, até nos mais agressivos e pesados, como o Metal.
Alguns estilos, como o Ethereal, New Age e Dark Ambient/Atmospheric, muitas vezes, podem trazer uma sonoridade semelhante. Isso faz com que algumas bandas sejam genericamente inclusas sob mais de um rótulo. Este conceito também pode ser aplicado ao Metal e suas subdivisões.
(O objetivo deste artigo não é delimitar ou impor rótulos sobre os estilos citados. Mas apenas fornecer informações sobre as variações musicais mais presentes na cultura obscura. As bandas e artistas citados são apenas referências para que o leitor possa ter uma idéia mais clara dos estilos que são abordados nos tópicos.)
Gothic Rock
No Gothic Rock, o instrumental é simples, composto por guitarras, baixo e bateria. Os vocais característicos são graves. A expressão Gothic Rock foi usada pela primeira vez no final da década de 70 para classificar bandas como Bauhaus, Joy Division e Siouxsie and The Banshees, que também eram rotuladas como pós-punk. Mas suas influências não estavam limitadas ao punk. Neste momento, bandas que posteriormente seriam classificadas como Death Rock ainda eram chamadas de Gothic Rock. Assim, a fronteira entre o Death Rock e o Gothic Rock não são muito nítidas.
Referências: Bauhaus, Joy Division e Siouxsie and The Banshees.
Industrial/E.B.M
Apesar de muitas vezes serem classificados sob um mesmo rótulo, originalmente, E.B.M (Eletronic Body Music) e Industrial são estilos diferentes. Porém, é muito comum que bandas que sejam enquadradas num destes segmentos transitem livremente para o outro, e a fronteira que os diferenciam esteja cada vez mais sutil.
Ambos surgiram na década de 70 e suas bases recorrem ao experimentalismo eletrônico. Inicialmente, o Industrial utiliza-se de objetos de uso cotidiano para produzir as músicas. Não havia uma preocupação com características básicas, como melodia e harmonia. Ao longo dos anos, tornou-se comum o uso de timbres eletrônicos; as músicas adquiriram uma sonoridade mais dançante e os estilos subdividiram-se em Industrial-Rock, Industrial-Metal e CrossOver, entre outros.
Referências: Marilyn Manson, Cabaret Voltaire e Front 242.
Ethereal
O Ethereal é um dos estilos que foram classificados como Darkwave. No Ethereal encontra-se melodias lentas e suaves. O instrumental é composto por bases eletrônicas de sintetizadores ou orgânicas (acústicas). Há uma forte influência de música folclórica (européia) e de diversas culturas (não européias), além de música erudita e experimentalismo eletrônico. No Ethereal é muito comum que as músicas soem melancólicas e introspectivas.
Referências: Cocteau Twins, Dead Can Dance e Lycia.
Dark Ambient/Dark Atmospheric
Não há uma linha muito nítida que divida estes estilos. A semelhança é tanta que alguns até os consideram sinônimos. Também, a sonoridade muitas vezes se confunde com o Ethereal.
No Dark Ambient/Atmospheric o instrumental é delicado, com timbres eletrônicos que simulam violinos, sinos e efeitos diversos, como sons da natureza. Há também as bandas que utilizam instrumentos de música erudita, como violinos, cellos e flautas, compondo assim uma sonoridade mais orgânica, considerada neoclássica. Há a influência de música folclórica e os vocais, geralmente, são baseados no canto lírico. Como no Ethereal, muitas músicas soam melancólicas, com uma "tristeza passiva".
Referências: Dargaard, Elend e Autumn Tears.
New Age
O New Age, que significa literalmente Nova Era, pode ser considerado um movimento artístico-espiritual surgido na década de 60, composto por diversas crenças orientais. O estilo musical New Age também se caracteriza pela influência da música oriental. Porém, não se resume a isso. O New Age se subdivide em vários segmentos que possuem referências da música erudita e folclórica européia, por exemplo.
A sonoridade do New Age é suave e orquestrada. Possui melodias lentas muitas vezes interpretadas através do canto lírico, corais de vozes, sintetizadores e bases eletrônicas.
Referências: Era, Enigma e Enya.
Medieval e Renascentista
Quando relacionada à música consumida na cultura obscura, o termo Medieval pode referir-se à música do período medieval (principalmente da Baixa Idade Média no período de transição para a Renascença) ou ao estilo produzido por bandas e artistas contemporâneos que se inspiram na música medieval.
A música do período medieval é caracterizada, inicialmente, por melodias vocálicas sem acompanhamento instrumental, que fluem livremente desenvolvendo-se com suavidade e ritmos irregulares. Posteriormente, surgiu a polifonia e o acompanhamento de instrumentos como flautas, tambores e instrumentos de corda. Estas variações podem ser associadas tanto à musica medieval religiosa como a música medieval profana.
A música produzida atualmente que é inspirada no período medieval traz, além das características da música medieval de várias fases, também experimentalismos eletrônicos que, algumas vezes, flertam com Ethereal. Alguns artistas tendem a buscar uma sonoridade autêntica da época, enquanto outros produzem músicas com instrumentação mais complexa soando mais "pop".
Referências: Mediaeval Baebes, Ataraxia e Arcana.
Música clássica e neoclássica (Erudita)
Na cultura obscura, a música clássica é uma referência que se combina com outros estilos. Por exemplo, sua influência é notada entre estilos como Ethereal e Metal e entre artistas que buscam uma maior sofisticação na sonoridade através violinos, cellos, vocais sopranos e tenores, piano e cravo, por exemplo. Assim, buscam inspiração em compositores de diversas fases como Mozart, Beethoven, Chopin e Strauss.
Metal
Várias subdivisões do Metal são apreciadas na cultura obscura. Entre elas, principalmente, o Gothic Metal, Doom Metal, Metal Lírico e Metal Sinfônico. Há diversas características comuns entre estes estilos; a mais presente é a utilização de elementos de música clássica, como violinos, pianos, flautas e vocalização lírica. Estes itens combinam-se com as características mais comuns do Metal: guitarras graves, vocais urrados e variação rítmica. Além de letras que abordam o folclore do país natal da banda, ou referências de obras literárias, arcaísmos e expressões em latim, por exemplo.
Algumas bandas destes segmentos podem ter sido influenciadas pelas bandas do Gothic Rock oitentista e do Doom da década anterior. Além disso, é muito comum serem classificadas também em outros estilos.
Referências: Epica, Tristania e Theatre of Tragedy.
O Dark Ludicus foi criado em 26 de Setembro de 2008, com o intuito de demonstrar de uma forma irônica, o que cada ser humano passa sobre a sociedade. Foi associado ao um estilo da SubCultura Gótica por Rafael de Figueiredo Teles (Lord Arcano). Grande inspiração do Dark Ludicus foram os irmãos Grimm, que escreviam histórias de terror, voltado ao lúdico, e o circo, que nunca quis expor a ninguém, a verdadeira versão de seus integrantes. Bebados, orfãos, andarilhos, famílias carentes e pobres, esses eram os integrantes de um verdadeiro circo antigamente, e, sabendo disso, eu quis adaptar essa versão triste do circo, em realismo, em respeito e admiração por toda essa arte. As Marionetes, bonecas, Donos-do-Circo, Andarilhos, Palhaços e Bobos-da-Corte, o Pierrot, são representações, de certa forma, infantis, mas voltado ao lado sombrio e mórbido.
As Marionetes
Conduzidas por fios que as escravizam, sem opção de viver em paz, e sua única função, segundo seu dono, é alegrar as platéias pelo qual a assistem. Presa dentro de uma caixa, ela sonha cada vez mais em ser livre, como um Pinóquio, mas sem a fada madrinha que realizará seus sonhos.
Andarilho
O Homem que anda de cidade em cidade, cantando sua bela música com seu chapéu de coco e seu violçao ou sanfona. Sem família ou amigos, vaga pelas estradas procurando algo para comer e beber, e em troca, canta uma bela música a pessoa caridosa.
Bobos-da-Corte
Os palhaços medievais, tentam fazer graça ao seu rei com sua própria desgraça. Trsite e solitário, se humilha perante as pessoas em troca de algumas moedas e um pedaço de pão. A Verdadeira versão do palhaço, de um lado, fleiz e brincalhão, do outro, um ser pobre e solitário.
Palhaço
O ser macabro do Circo dos Horrores, nunca é feliz, apenas se esconde por trás de sua maquiagem para esquecer sua vida de sofrimento. Ser infeliz e sem esprança, depois de um show com sua própria desgraça, atrás dos risos, podemos encontrar um bebado jogado as valas da cidade em que se encontra.
O Pierrot
O Palhaço francês que sobre pelo amor de Colombina, a sua amada, que prefere Arlequim, o palhaço que Colombina entrega todo seu corpo. Palhaço desolado, em seu olho esquerdo escorre a lágrima da perda, e todo seu mundo, fica preto e branco.
As Bonecas
Regeitadas por seus donos que já cresceram, ficam rejeitadas e acumulam poeira. Se quebram, ficam velhas, e seus donos nem lembram que ela está lá, e mal se lembram dos momentos felizes, com aquela pequena boneca de trapos.
Dono-do-Circo
O Comandante do Circo dos Horrores, maquiavélico e sedutor, todo esse show de horrores foi criado por ele, o condutor da Marionete. Com seu cajado em mãos e sua cartola, apresenta ao público seu circo de horrores.
Gosto Musical
Um seguidor do Dark Ludicus tem um gosto primorado por músicas melódicas e cantigas de roda, voltados ao ultra-romantismo e a tristeza, como se essa rua fosse minha,e outras mais que são tocadas com violão, violino e sanfona.
Um Dark Ludicus tem que admirar a arte da iaginação, entender o que é ser um lúdico sombro e trazer isso a si. Uma pessoa não pode ser uma Marionete, se não se sente presa, não pode ser um Dono-de-Circo, se não tem confiança em si mesmo, não pode ser uma boneca, se não é meiga, e não pode ser um palhaço, se a vida nunca lhe pregou peças. Dependendo da ramificação que a pessoa se identifica, o indivíduo tem que entender o por que que se identificou com aquilo.
as cores referentes ao dark Ludicus é o preto e o branco, que significa o Luto e a Compaixão, mas é claro que outras cores também podem se associadas ao estilo que a pessoa mais se identifica. Cada ramificação, dark Ludicus tem sua identificação, que é a seguinte:
O Pierrot: A lágrima desenhada no olho esquerdo
Andarilho: O Chapéu de Coco
Palhaço: A Maquiahem pesada e Sombria
Boneca: Roupa semelhante a uma boneca e com uma boneca de pano nas mãos.
Marionete: Fios amarrados em seus pulsos
Bobo-da-Corte: Seu chapéu de Bufão, ou um cajado com cabeça de bufão.
Dono-do-Circo: Cartola e cajado, roupas voltadas ao Victoriano.