Contos BDSM - Drink do Inferno


Acabara de chegar em casa do trabalho, quando meu Dono ordenou-me:
- Vista-se! Nós vamos ao Shopping.
Aprendi, por experiência, que perguntas são tolices...Acaso quisesse contar-me o propósito da inesperada visita ao Shopping, já o teria feito, sem que eu precisasse perguntar-lhe. Se a ele apetece o mistério, que assim seja! Aprontei-me rapidamente, sem ousar fazer nenhuma indagação.










No shopping, levou-me à loja mais fina e por consequência, a mais cara, quebrando o silêncio no caminho:
- Escolha o mais belo vestido, pois esta noite você deverá aprender uma nova lição.... E nós vamos à balada!!!
Confesso que naquele momento não entendi a relação que havia entre a lição que eu deveria aprender e o vestido novo. Mais tarde, percebi que ele fazia o que sempre gostou de fazer: Manipular meus sentimentos!
Um lindo e caro vestido novo no corpo de uma mulher, enaltece o espírito, torna a noite especial e memóravel. Ao que parece, ele queria que a lembrança desta noite perdurasse.
Experimentei um vestido preto que colado ao corpo fazia eu sentir-me sexy e enquanto analisava minha silhoueta no espelho, tentando decidir-me, ele já havia pago o vestido e estava deixando a loja com uma sacola, onde deveriam estar minhas roupas.
- Está linda! Vamos! - disse firmemente, sem olhar para mim.
Até que eu estava começando a gostar daquele mistério todo. No carro, eu fantasiava mil possibilidades, até que ele estacionou em frente à um prédio de apartamentos e desceu batendo a porta, sem dizer nenhuma palavra.
Não olhei mais, pois estava absorta em meus pensamentos: ``Que lição seria aquela?´´, ``Que surpresas estraiam por vir?´´
Voltei a mim com o barulho da porta do carro se abrindo...
- Deixe que dirijo para você, sei que ainda não renovou sua carta!
A voz era de um belo rapaz que aparentava ter seus 28 anos. Era forte, bem-vestido e extremamente perfumado. O seu cheiro espalhou-se por todo o carro e no dia seguinte ainda conseguia sentí-lo. Eu não o conhecia, mas eles pareciam íntimos. O rapaz sentou-se ao meu lado no banco de motorista, enquanto meu marido no banco de trás sorria agradecido.
Fui apresentada ao rapaz que chamava-se Thiago e no caminho conversamos apenas amenidades. Quando perguntei aonde iríamos a resposta foi seca:
- Ao Ultralounge.
Não conhecia esse tal Ultralounge, mas também não perguntei mais nada. Sabia que íamos a São Paulo e achei melhor esperar para ver, ainda teríamos uma hora de estrada para enfrentar.
Soube que havíamos chegado quando parou o carro no estacionamento ao lado de uma boate de fachada preta com um divã de veludo vermelho na entrada, onde sentava-se uma linda mulher que deveria ser a Hostess do local.
Mas foi na fila de entrada que eu percebi do que se tratava. Eu era a única mulher na fila e haviam homens fortes e bonitos demais, rindo alto, conversando e se beijando... Não havia dúvidas estávamos em uma boate Gay!
Estava atônita e deveria estar nítido na minha expressão, já que meu dono logo disparou:
- Está surpresa, cadela?!
Limitei-me a fitá-lo interrogativamente. E embora não chegasse a verbalizar, a resposta veio sussurrada aos meus ouvidos vagarosamente como o andar da fila de entrada:
- O seu problema, cadela, é que você se julga o gênio do sexo, mas de prazer você não entende NADA! Mas hoje você vai ter de enxergar! ... E de agora em diante, quando chamar-lhe PUTA, não se sinta uma profissional, é que você é apenas imunda demais para ser comparada às outras mulheres!
...
Entramos.
Homens!... Cheiro de luxúria ... Homens! ... Musica Eletrônica ... Suor... Beijos.... Homens! ... Pupilas Dilatadas ....
.....e Drink do Inferno!!
- Vem. Vou apresentar-lhe o Paraíso! - disse o rapaz pegando carinhosamente a minha mão e entrelaçando seus dedos nos meus, como se fossemos íntimos e com a naturalidade de quem tem o direito legítimo sobre mim. Consenti.
Levou-me ao bar.
- Um drink do Inferno, por favor!
(Licor de café,Contreau e Absinto. Ateia-se fogo e boa viagem!)
Três canudos para um mesmo copo em chamas. A proximidade é desconcertante! Solução: Dançar!
Eles dançaram. Sentei-me confortávelmente na poltrona de veludo que havia alí e pus-me a observar. Nunca havia visto ele daquela forma, totalmente entregue a sua dança libidinosa...e veio o beijo! Que beijo! Com que violência sua língua buscava o seu prazer na boca de outro homem como buscou na minha! Com que devassidão ele rendia-se à essa volúpia!
Estremeci num misto de confusão e tesão que era intensificado com a bebida. Sem querer pensar em nada, preferi embriagar-me.
Dois ``drinks do inferno´´ depois e eu já estava rendia-me ao jogo erótico que os dois armaram para mim. O beijo ainda voluptuoso já era de três e as bocas úmidas de uma paixão promíscua que as dominavam, percorriam meu rosto, nuca e pescoço, marcando com os dentes a violência do seu desejo.
Na intenção de recompor a lucidez, busquei afastar-me e sentar-me novamente. Vão. Aproximou-se o rapaz atrás da poltrona, e ainda dançando pegou-me pelos cabelos, puxando-os fortemente em sua direção até que meus ouvidos encontraram sua boca, apenas para chamar-me a atenção para o meu marido que dançava na minha frente:
- Observe como ele dança o seu maridinho.... É um puto! Sempre foi. E você é uma iludida...coitada! Pensava que ele só tinha olhos para você... Você não é ninguém, é apenas um recipiente que ele usa para destilar o seu fel!
Terminadas as ofensas, segurou-me pelos cabelos assim, oferecendo meu rosto para o homem à minha frente que nem sei mais se ainda conhecia. Veio o primeiro tapa e ardeu-me o rosto de raiva, paixão e prazer! Vieram muitos depois. Eram dois machos a xingar-me e estapear-me enquanto trocavam carícias entre sí.
Outro drink do inferno e desse momento em diante não posso mais relatar os acontecimentos corretamente, pois já não concebia o que era verdade ou delírio. Lembro-me apenas que sentamos os três no sofá e nos curtimos deixando marcas indeléveis de paixão no meu corpo e minha mente.
A boate possuía banheiros individuais durante toda a extensão da parede do primeiro andar. Para lá fui levada quase no final da noite; sentaram-se sobre a privada e dispararam discursos sádicos aos meus ouvidos, ao final para reafirmar a supremacia masculina, juntos urinaram sobre mim. Extasiada, terminei a noite assim e certamente leveu muitos conceitos para reavaliar no dia seguinte!