Origens dos góticos

Origens dos góticos
A data de origem pode ser estabelecida em 1979 quando a banda Bauhaus lançou a canção "Bela Lugosi's Dead."  A banda pretendeu originalmente que a canção fosse uma gozação; porém, muitos fãs adotaram esse som tímido e misterioso como inspiração para a embrionária subcultura gótica. A primeira geração do movimento gótico emergiu principalmente no Reino Unido no final dos anos setenta e início dos oitenta, como um fragmento do movimento punk. A música punk dava seus últimos suspiros enquanto esta mutação sombria e introspectiva ganhava impulso. Bandas como The Damned, Bauhaus, e Siouxsie and the Banshees caracterizam a primeira geração. Essas bandas foram chamadas de góticas posteriormente, mas a maioria não se considerava gótica na época. Há muita dúvida sobre quem cunhou o termo “gótico" e como ele foi vinculado a esta música dark. A imprensa musical britânica parece ter sido a maior responsável pela disseminação do rótulo.
No início dos anos 80, o movimento gótico prosperou com bandas como Sisters of Mercy na vanguarda. Porém, da  metade para o final dos 80, o movimento minguou. No final dos oitenta e início dos noventa, uma nova, segunda geração de bandas góticas emergiu para dar nova vida à cena. Elas se caracterizaram como sendo as primeiras a chamarem-se regularmente de Góticas. Exemplos incluem The Shroud, Rosetta Stone, e London After Midnight.
Este é o período em que o movimento gótico americano cresceu significativamente, e o Estilo Gótico se tornou reconhecido como uma subcultura distinta. Neste período, música e cultura góticas cresceram e ampliaram-se em várias categorias, ultrapassando os limites do que previamente era considerado Estilo Gótico.
Atualmente, o interesse popular na subcultura gótica é aparente. Muitos dos motes da cultura gótica foram canalizados para a cultura popular, como os interesses na estética dark e sobrenatural. Historicamente, uma aura dark prevalece nas passagens dos séculos. Nesta última, a aura foi mais pronunciada por ser passagem do milênio.
Ao atingir idades entre 25 e 30 anos, os integrantes da segunda geração normalmente acabavam perdendo interesse em participar da cena gótica. Uma terceira geração então surgia no final dos anos 90 para dar forma ao futuro do movimento gótico. A terceira geração representa uma explosão na quantidade de pessoas que se consideram góticos. Muitos deles aprenderam sobre cultura gótica através da própria mídia em torno do assunto. A enorme popularidade "shock rock” de Marilyn Manson lançou os refletores sobre esta subcultura. Marilyn Manson é muito mais parecido com o heavy metal teatral de Alice Cooper do que a desolação misteriosa de Bauhaus. Muitos góticos desejariam desassociarem-se dos mais jovens, ardentes seguidores de Manson, que parecem vestir-se e atuar como ele por puro choque de rebeldia.
A primeira e segunda gerações góticas lançam um olhar suspeito sobre a nova geração, duvidando de sua autenticidade e repugnando a exposição que eles dão a uma subcultura que eles prefeririam permanecer subterrânea. A nova geração não foi exatamente bem recebida por seus anciões, mas o tempo pode provar o contrário.

Seria difícil predizer o que o futuro reserva para o movimento gótico. Depois de mais de 20 anos, ele continua a mudar, crescer, alterar-se e adaptar-se, transformando-se numa das mais antigas subculturas jovens existentes.